quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Poesia no desfiladeiro

Quando
falo
com o
escuro
ele
responde
com
sua
grande
língua 
invisível
e
passionalmente
vermelha. 

O escuro
fala
com
os
ecos
que
demarcam
o
chão. 

O eco
dos
móveis. 

O eco
da
geladeira. 

O eco
vazio
do
espelho.

O escuro
que 
clareia
as
imagens
invisíveis. 

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