quarta-feira, 6 de junho de 2018

Sobre o mar, o céu e alguns diferentes tipos de pássaros.

Um reflexo castanho
sem sombras ao negro.

Há cortinas 
a tamponar a luz.

Um recado esquecido.

Uma garrafa aberta.

É escuro.

O líquido evapora-se, como
um pássaro a esquecer-se
da fonte. De todos os
sons traduzidos ou sussurros
lembro-me do mar. 
Algumas árvores preferem
pequenas aves, algumas aves
pequenas ou grandes 
preferem o céu.

Outras afinal 
preferem o mar.

Sou do terceiro tipo.

Inconstante como o
vento cinzento. Como 
o oceano, claro sobre
a lua, um farol verde
á distância.

Há pássaros à noite a 
cantar as ondas
indivisas, ao
silêncio. 

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