sexta-feira, 25 de novembro de 2016

As longas
dores
do
espírito
reaparecem
como
longas
dores
da alma.

Cantam
seus
cantos:

Vermelho
Negro
Pardo.

Como
uma
voz
a quem
nada
escuta
por
ter a
boca
extensa
cheia
de
dentes
surdos.

Como
orelhas
a apoiar
dois
lados
de um
rosto
os
dedos
falam
com
a
carne
gratuita
implícita
no
existir.

Os
olhos
do
poeta
cego
estão
cheios
de
tinta
que
o
vento
não
lavará
e
nem
as
palavras
hidratarão.




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