domingo, 10 de agosto de 2014

Diana

era a ponta
de algo que apoiava
possivelmente sentia
borrava arritmias
de frestas incontidas
contava e não fingia
fingia e amadurecia
tal qual casca 
de uma imensa árvore antiga

meia noite
fim do dia

sem quê nem pra quê
ela insistia
sorrindo resistia
                                             fatos,
                               raízes 
                    
                                                 vazias. 

Diana, irmã de Apolo, 
fugida
de tantos quereres queria
Desejando afogar-se
em qualquer coisa 
que pudesse imersar
em qualquer um
que pudesse estancar
que não fosse ponta
a desapontar

torrentes 
e goteiras

palavras encharcadas
de torneiras,
como panos de prato 
umedecendo os cantos. 

A guerreira da história 
não tem rima
Espera,
em alguma pocilga.
fabricada,
de alguma mitologia.
Diana 
distendia
dos versos da sala 
à cozinha
a modos 
por ficar