terça-feira, 18 de junho de 2013

Encontrar-Nos-Ermos

Subsubida de cair

anotações ininteligíveis
do matriarca que
   acorda
na indecisão de seu
  sexo oculto.
fala, diz sem
saber de uma
piada
canta
uma
in
rascada
na incerteza
da loucura
de não ser
nas certezas
que vem 
sem
saber
se quebra a esfinge
a resposta é
errática
Vem atrás do papel
Branco
da traça que
embarca
o saber
em seus
papéis
furados
decorados
de não ser
rejeitados
enjeitados do saber
gritando ao
se vender
insígnias escondidas
poéticas desvalidas
e fraturas na
cara, assim
como rasgos
em papel
[cruel final de festa
e o que resta
quanto o ator
mal pago
nem se quer
foi contratado
para ser
representado
pelo
contabilizado[............

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Varal de cor de lis

Alguma coisa esbarra para o de dentro por de fora – buracos no teto –,
As gotas olham para baixo como se fossem pupilas semicerradas
Acordo, defronto-me com o céu vermelho
Que ao longo da manhã emudece e começa a molhar
Se diz que são apenas lágrimas de chuva
De um tempo que não quer molhar
E cala...

Tiram-se todas as roupas do varal
[devem ser tiradas todas as roupas do varal]
Varal com varal se encontram as roupas, acoplam águas em um peso desigual
Busco-me, apressada,
Arranco-lhes todas
Grudam nas mãos 
são produzidas de aderências
de águas
Piso como se me fosse próprio 
...um chão esburacado de incertezas...
 ao retirá-las.
Movimentos involuntários como o vento, fazem folhas caírem
antes de anunciar o temporal.
Dependurar a carcaça que te resta, após outros a cascatear
A gota pesada quase me faz pisotear
o descurvo aonde
fantasias aparecem...............
.!todas... ressentidas..........
Havia o figurino do circo para secar...

A brincadeira de dois mais dois,
Nos minutos atuantes, antes de começar,
Deixaram incríveis manchas 
reluzentes nas aparências. 
E, por fim, sem penas, 
fronhas ocas são expostas no varal.
Pois também faziam parte do cenário, 
resgatadas da figuração, (para dar a ação 
de inação), quando este escorre.
Destempero meu ser para ser mais rápida que apreensão do tempo,
Mas não é possível chegar sem enfrentar as gotas de gosto acre
Gosto de chuva ácida,
chuva, que vem de vir ali.
A exposição do sono agarra o divino Morfeu pelas mãos, e faz o pobre gritar pela presença Hipnos.
Nas nuvens, eles devem estar lá, 
desfazendo 
a presteza 
do meu andar.

Pego tudo encharcado, na lentidão do que me é possível
Olhando para um céu inapreensível, escuro de se olhar.
Chego aonde ha coberta, a propriedade privada da casa desfala o que é de fora
Para resvalar o que é de dentro.
Onde colocar todo o peso encharcado do que foi buscado
Do que foi corrido e teve de ser apreendido
Apreendido no impasse de não ter onde deixar
Desvaleço-me, sento-me ao apresentar o que sobrou para secar na sala de estar
Aparece-me uma mulher, entra-me uma mulher, de cabelos escuros
Seca, me faz perguntas sobre a chuva, 
Perguntas que não posso responder.
Ela me olha, como se não fosse a mim a quem falasse
Percebo seu mutismo, que se incomoda ao notar minhas percepções insistentes,
Encharcando o chão da sala de pesar.
Levanto-me...
Vou ao não encontrar
Enquanto a mulher senta-se na sala de estar
Abre um livro roxo, 
de verso e versículos
Sem começar a entoar
Talvez seja o seu adeus
Que me requer secar, e, ficar, na sala de estar.