sábado, 31 de maio de 2014

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Um aborto de Kairós,
Nos templos de Aeon.
Todos os filhos de Cronos estão mortos
Entalados
Sepultados em algum cemitério profuso
Onde há uma cova amalgamada
Quase sem lugar.
Suas palavras sem significados,
São comidas como vento.
Resultantes essas,
de um cronometro auxiliar
que transpira
sem cessar
sanguentos segundos.

Acabam ambos,
Ninguém os vê.

Pergunta-se ao superintendente
Acerca do nascimento das cinzas
Fênix de outra maldita dimensão.
Tomemos como resposta
Uma poção tão fraca
Que não ressuscitará
Migalhas talvez...
Um pote
Com remédio para sua dor sem tempo
Curativo de não ser
Onde estão as ninfas transformadas em pedra?
Estátuas da forma.
O que as flautas produzem,
Não se ouve.
Oh, Syrinx! Oh, Deusa perdida!
Ouve a música,
Viestes a tempo?
São somente sons sem trégua


Ecos secos.