terça-feira, 23 de abril de 2013

Caixa postal


Mensagem em branco

A madrugada dos cabelos soltos
Não lerá seu significado
Não era solto era torto
Não era junto era preso
Não era cólica era indigestão
Não era teu amor
E meu perdão
Não era uma frase francamente tosquiada
Uma oração
Um disse que não
E um espera de quem
Desesperado já não tem
E por isso espera
Dissi dera
A mentira da poética de dentro das palavras
Como as iluminações dos reflexos opacos
Dos quartos de escritório

O meu é a soma
Do só + um
mais e um
mas... e, um?
E se salva
Do Indizível
no som lilás
que (in)tala
projetados em argumentos esgotados do cinza
Ordem e sons
De ordem e sons

Não, não
É isso!
E não são máquinas de escrever
Não sei o que são
Dedos rápidos na máquina registadora
Por que falo contigo?
Por que me imprimo a cantar
Por que passo ridículo?
Passo à ridículo
Por que deixo a sala a estar?

Queria...
...te dizer
Falo com a sua caixa
De mensagens

A mensagem está sujeita a cobrança
Após
O
Sinal
Você está?
na caixa postal de... 

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