quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Olívia

A água escorre no chuveiro
Sem espectador para ouvi-la
O banho toma sem tomar
A falta de corpo
Olvidá-la
Olívia
De todas as coisas empedradas no teu ser
Em todas as coisas empenhadas em te ter
Perder-te
Perder-me
Prender-me
É só sem falta
cartas
menos um zero no teu jogo
coringas in versos
entender-te
descrer-te
esquecer-te
Entre brumas e festas e mais histórias
Um capítulo incontado
Narrado como trilhos no trem
Como espumas escorregadias que passam rápido no sabão
Limpa e faz de novo
Escorrega em um novo movimento
Pavimento
Do teu ser
Alguns festivais para ver você partir
Flores na antessala
A água do vazo escorre
As gotas ecoam no ladrilho
Escorrem
Decorrem do fato de que
Ninguém vem lá,
Ninguém vê lá
Ao fim 

de ti

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