Deslembrar-me
Montes
Permanecem
Espalhados
Pelo assoalho
...gasto.
Da caneta,
A tentativa vã de uma história
Sem narração...
Palavras, 
Fazem-se infinitas vezes
Bastardas,
Solitário plural.
Há mais ninguém
Sinal
Dos que acrescentam
                                     Ao menos um
Trabalhe!
Desempenhe sua arte
Seja escrava
Adormecida.
A tarde
         o relógio
      para de tocar
Silêncios antes da meia noite.
Nas coisas que me conseguem dizer
Do oco que é hábil de conter,
Da dor vencida no ignóbil.
Frustada, 
Tentativas 
à correr.
Mirar, uma imagem
Um sol
que não tem nada.
Revelando, 
tristemente,
ao seu revés
Obscuras 
ilusões.
Quem vem lá?
Quem tem lá?
Minha face adormecida
Empoeirada,
de restos de estrelas.
Resquícios, 
claros de uma pobre lua.
Pó lunático
produzindo-se;
demasiadas
sofreguidões. 
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
Diana
era a ponta
de algo que apoiava
possivelmente sentia
borrava arritmias
de frestas incontidas
contava e não fingia
fingia e amadurecia
tal qual casca
de uma imensa árvore antiga
meia noite
fim do dia
sem quê nem pra quê
ela insistia
sorrindo resistia
fatos,
raízes
                    
vazias.
Diana, irmã de Apolo,
fugida
de tantos quereres queria
Desejando afogar-se
em qualquer coisa
que pudesse imersar
em qualquer um
que pudesse estancar
que não fosse ponta
a desapontar
torrentes
e goteiras
palavras encharcadas
de torneiras,
como panos de prato
umedecendo os cantos.
A guerreira da história
não tem rima
Espera,
em alguma pocilga.
fabricada,
de alguma mitologia.
Diana
distendia
dos versos da sala
à cozinha
a modos
por ficar
de algo que apoiava
possivelmente sentia
borrava arritmias
de frestas incontidas
contava e não fingia
fingia e amadurecia
tal qual casca
de uma imensa árvore antiga
meia noite
fim do dia
sem quê nem pra quê
ela insistia
sorrindo resistia
fatos,
raízes
vazias.
Diana, irmã de Apolo,
fugida
de tantos quereres queria
Desejando afogar-se
em qualquer coisa
que pudesse imersar
em qualquer um
que pudesse estancar
que não fosse ponta
a desapontar
torrentes
e goteiras
palavras encharcadas
de torneiras,
como panos de prato
umedecendo os cantos.
A guerreira da história
não tem rima
Espera,
em alguma pocilga.
fabricada,
de alguma mitologia.
Diana
distendia
dos versos da sala
à cozinha
a modos
por ficar
sábado, 31 de maio de 2014
.
Um aborto de
Kairós, 
Nos templos
de Aeon. 
Todos os
filhos de Cronos estão mortos
Entalados
Sepultados em
algum cemitério profuso 
Onde há uma
cova amalgamada
Quase sem
lugar.
Suas palavras
sem significados, 
São comidas como
vento. 
Resultantes essas,
de um
cronometro auxiliar
que transpira
sem cessar 
sanguentos
segundos.
Acabam ambos,
Ninguém os vê.
Pergunta-se ao
superintendente 
Acerca do
nascimento das cinzas
Fênix de outra
maldita dimensão. 
Tomemos como
resposta
Uma poção tão
fraca
Que não ressuscitará
Migalhas
talvez...
Um pote
Com remédio
para sua dor sem tempo
Curativo de
não ser
Onde estão as
ninfas transformadas em pedra?
Estátuas da
forma.
O que as flautas
produzem,
Não se ouve.
Oh, Syrinx! Oh, Deusa perdida!
Ouve a música,
Viestes a
tempo?
São somente sons
sem trégua
Ecos secos.  
terça-feira, 22 de abril de 2014
Una poesia
O tempo para
          na cidade
         onde todas
as
            
memórias
             estão
em
                  
vãos
A impossibilidade
                   de
florescer
                  
toma
Vertebras são como
                  
facas
    de encontro
        com o
encosto,
entre a carne
            de ser 
e,
se faz da dureza 
na cadeira, 
que, 
se
põe pra qualquer
um
Ser (-) qualquer 
É qualquer um
Amalgamado entre 
asfaltos destoantes
Onde a cidade parece um hospital
Derramado 
de corres 
                                      cinza.
A repetição 
             bate
no 
            
relógio
            as
mesmas 
               horas
que o expõe a doença. 
O contágio
                                                                           
  Nenhuma dor 
suficientemente pura
para mover-se agora.
                                                                       
O nada se empoderará
                                                                         
ao engolir o ritmo 
                                                                                  
que entoa 
                      
                                                   do
abrir e fechar 
                                                                          
das pálpebras 
E a caneta no
papel redige as
letras que 
ficarão perdidas
ínfimas de acreditar...
E tudo que roda
No mesmo sentido
Tudo que 
    busca
e se encontra cindido...
Concretos enormes
           levantam
            uma dor
              impagável
que se paga
As luzes da cidade
De um tempo
(re)-(re)-industrial
Da ausência das 
        Batidas
   Cardíacas
    Diagramas
       Empoeirados 
(re) Contar
Imagens
Ao inexistir 
A oferenda  -  Seis e meia em um paço. 
domingo, 30 de março de 2014
Rascunho em excesso
Um rombo
ao roxo.
O sangue 
pisado 
desaba 
como um lugar vazio.
Ao vazo sem água
como cratera
esvaziada de sentido
E quando o buraco faz-se o oco
resta esperar
divagações
Novas discussões
Presas imersões
Os dias que engolem ás horas
A pele insustentada 
de tua frigidez 
sem volta.
Transmuta-se no corte.
O desligamento 
da pele 
uma nova
intromissão
intromissão
externa
Difere-se do impacto 
aroxeado no entre 
uma superfície 
e outra
A gramática da sofreguidão
De tudo que se faz 
ao além 
do revestimento 
das confusões sem abrigo
do emprego do verbo sem tomar
Caí 
ferida 
lilás. 
Como a luz próxima do norte
Como o desabar crepuscular da solidão
A epidemiologia das marcas
Um festival de reprovações para um corpo morto
Uma nova pancada.
O sabor ácido 
do insensível 
escoa 
É gordura
Petróleo do solo, 
com um pouco de carvão.
É um pé, escancarado pela sensibilidade das pernas
O vermelho que marca a base sem apoio no calcanhar
A posse 
de sapatos.
O enquadramento do percalço
É como quando as palavras
solitárias
fazem-se calar.
solitárias
fazem-se calar.
O poder, 
sem poder 
a ficar
Contas 
do inacabar
O paços já publicados
de todos enigmas ensaiados
lágrimas
endurecidas
de pedras,
o salutar.
endurecidas
de pedras,
o salutar.
terça-feira, 25 de março de 2014
Abismal
A coisa
                                                              
                                                                            
cair-tá-aqui.
                                                       
                                                                                no
passo de voar.
                                                                                   
              está.
a pedido 
de que 
                                                                                 esvai.
Ao esboçal não é eu sim-eu-sem-tindo-sétido-se-é-tido 
e é tido-sem-sem-tido-sem-terido-sem-tindo 
                                                                                  eu 
    tropeço
                                                                                              reduzindo
                                                                       o
que me consegue 
          cair-tá-aqui.
Ninguém. 
escuta a canção das tardes frias porque dos pássaros já
não podem piar. sem-ter-ido.
                                             O
que me pede 
                                                  constrói 
o hiato 
                                          é do
artigo indefinido,  ido-sen-ter
                                       de
indefinições no que é contar. 
                                               1,
2...
3 - Você fala ao nada, 
                                               eu
ouço o paladar. 4. 
Quando as pedras já não são mais pedras 
o calcanhar 
não se faz 
                a
disrrupção sentida 
                                          
conta-te. 
                                                                                o
inaguentável  - 3/5
                                                               é
cru, 
aspecto impalatável do ar.
O marco preto no esboço
narrados sem estar
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