Desfazem-se
rostos
em salivas
escamosas
de bocas
vazias
sem dentes.
Saltos
ressoam
na
auto-afirmação
de cadáveres
ocos
cheios
de informações
quebradas.
Quando
a vida
produz
a morte
hipocritamente
velada.
Vomita-se
a biles
dos
espartilhos
modernos
da crueldade
adaptada.
Todos
os
corpos
na
sintonia
perversa
da matemática
dos risos.
Ao som
de olhares
debochados,
origamis de corpos
para condecorações.
Estrelas
jogadas
na inutilidade
das valas.
Flores
esquecidas
no asfalto
não florescerão.
Acre voz
ensurdecida
retumbante.
A Assepsia
nos perfumes
de álcool
comprados
na promoção.
Feitos com sangue
de mãos azuis
mais caras
que as mãos
negras dos
reis
no trono
de anéis.
A radiação
dos mortos
produzindo
o dia
das nuvens
úmidas
de vermelho.
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