terça-feira, 4 de outubro de 2016

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Desfazem-se 

rostos

em salivas

escamosas 

de bocas
   
         vazias

sem dentes. 


Saltos

ressoam

na 

auto-afirmação

de cadáveres

ocos

cheios 

de informações 
               
              quebradas.  


Quando
a vida
produz
a morte
hipocritamente
velada. 

Vomita-se
a biles
dos 
espartilhos
modernos
da crueldade
adaptada. 

Todos
os
corpos
na
sintonia
perversa
da matemática
dos risos. 

Ao som
de olhares
debochados,
origamis de corpos
para condecorações.

Estrelas
jogadas
na inutilidade
das valas. 

Flores 
esquecidas
no asfalto
não florescerão. 

Acre voz
ensurdecida
retumbante. 

A Assepsia
nos perfumes 
de álcool
comprados 
na promoção. 

Feitos com sangue
de mãos azuis
mais caras 
que as mãos
negras dos
reis
no trono
de anéis. 

A radiação 

dos mortos

produzindo 

o dia

das nuvens
úmidas
de vermelho. 




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