quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Dia 36.

Todos
os rostos
na 
fábrica
de produção
de olhos
reluzem
quando
apagam-se
as
estrelas.

Pássaros
cantam 
sons
estéreis
ao amanhecer.

Um gosto 
amargo
embarca-se
numa
nuvem
de 
pupilas
dilatadas.

Ouvidos     
              mudos.

Corre-se de 
lugar nenhum
a um 
ponto 
irreconhecivelmente 
traduzido. 

Insônias
alucinantes
ligam
carros
as seis
horas da
manhã
bicicletas e
versos
de bílis.

Uma 
mão 
escreve
anônima
na 
soleira 
da porta. 

Frequentemente 
em
grupo
faz-se
a confissão
de existir. 

Toma 1.
Toma 2. 
Quantos
corpos
amargos...

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