domingo, 29 de janeiro de 2017

Balalaica

Nuvens
rosadas 
ao vento

Quando
põem-se
semente
a um
carvalho
cinza
amadurecido
em
retinas
das poças
ao 
chão

Verde
como
o céu irá
chover
pelo
lado
das plantas
em 
formas
breves
e rápidas
azul

Movimentam-se
como
um sol
um 
lembrança
sutil
de cor. 

domingo, 15 de janeiro de 2017

OH AH HUM

barulhos

movem-se

são
como
sinos

negam
a fixidez 

e traduzem-se
na
transformação 
cromática
das flores
e dos
arco-iris
distantes. 

Daqui não vejo prédios

Há árvores
secas

como
apelos
de suas
mãos
negras
aos finos
troncos
roucos.

Ao pé
de outras

florescem

respondem
a preces
anteriormente
postas

como
anúncios
de verão

o aspecto do fino renova-se

[folhas .. ..

[abrem-se .. 

...


impermanência.

Um sopro
já passado.

Como um sinal.
Renasce a flor.

Renasce a árvore.
Prenhe suas mãos
vazias de verde
completam-se.

O calor
ao secar
as flores
dissipa-se.

E o 
frio que
deixa as 
árvores
escuras
diz de
um secreto desejo
de
aproximação. 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Música distante

Flores
rumores do 
tempo

dissipam-se 

juntam-se
ao vento
na terra

assim
meu
coração
absorve

inconstante 
inconsciente

reflete
nuvens
ao céu

como
falas

de todas
as coisas
que
se vê

rosas

de todas 
as coisas
negras

lua

a guardar
a potencialidade
branca 
de fundo

manifestações
de azul 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Mandala de budismos inicial

Todos como
mães

todas partes
totais

todos
sociais

como
campos

como
mães

tolos
campos

tolos
tantos

florescer
encontrar
semear

manhã
tarde
noite
sol
ao
inverno
e a noite
ao verão

o outono
da manhã

tarde
da noite

as cores
ao
tempo
são
ciclos
todos
tolos

nossas
mães