Um reflexo castanho
sem sombras ao negro.
Há cortinas
a tamponar a luz.
Um recado esquecido.
Uma garrafa aberta.
É escuro.
O líquido evapora-se, como
um pássaro a esquecer-se
da fonte. De todos os
sons traduzidos ou sussurros
lembro-me do mar.
Algumas árvores preferem
pequenas aves, algumas aves
pequenas ou grandes
preferem o céu.
Outras afinal
preferem o mar.
Sou do terceiro tipo.
Inconstante como o
vento cinzento. Como
o oceano, claro sobre
a lua, um farol verde
á distância.
Há pássaros à noite a
cantar as ondas
indivisas, ao
silêncio.
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