quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sem resposta


A madrugada bate no desencontro das horas
À noite
Mais escura que o lá fora
E as palavras que jorram
Cifras incodificadas
Na repetição das horas

Ela costumava ser clara
Sempre
A madrugada

E aquelas construções meteorológicas da chuva
Vão se inscrevendo na pele
Durante o dia
Caem agora

Sim!
São os sons de descidas de escadas rápidas
no degrau
quase 
escorregam

regam

Empoçadas
Palavras

Guardas
chuvas

incavidades internas
das gotas

Os sonos que deixam de cair
A modorra das horas
Acordadas por segundos
De águas celestes
Exultadas
Resultadas

Perde a letra
O sentido,
O nexo
Há uma quebra de raciocínio
Há uma quebra
Do que seriam seus
Próprios dedos
O corpo
Dos minutos
Ordem apregoadas
se derramam
no sangue de Cronos
o põe para esperar
Ali...
O lá...

Corre menina!
Que costumava ser clara
à madrugada 

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