sábado, 24 de janeiro de 2015

Engasgue

Tempo
Toca 

Toca Tempo Desengonçados
sons
externos

milho

Catando 
              horas 
                       no relógio
Ao sinal

timbre-inacabado

reticente 

onisciente

suficinte

incosciente

ajoelhado

Lembre-se da chuva
gostas?

gotas últimas

caem no seu solo

azedado

Permanecem.

Rápido,
é verão.

Distendendo eternidades
repetidas nas flores
almas gastas.

A cor 
          com 
                 o tempo
está ficando velha

imagens ristes
duelam

rostos 
 reflexos
O orvalho.

Marca cinza no céu,
na prata.
São azulejos
seus belos borrões

trovejam

A chuva, surda, 
desdenha o sinal,

Goteira no assoalho
Pó, 
limpeza da mesa

Prantos-de-prato-plástico 
                                     com-licença-garfo
balde de chuva gasto
a goteira que acabou. 




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