Tempo
Toca
Toca Tempo Desengonçados
sons
externos
milho
Catando
horas
no relógio
Ao sinal
timbre-inacabado
reticente
onisciente
suficinte
incosciente
ajoelhado
Lembre-se da chuva
gostas?
gotas últimas
caem no seu solo
azedado
Permanecem.
Rápido,
é verão.
Distendendo eternidades
repetidas nas flores
almas gastas.
A cor
com
o tempo
está ficando velha
imagens ristes
duelam
rostos
reflexos
O orvalho.
Marca cinza no céu,
na prata.
São azulejos
seus belos borrões
trovejam
A chuva, surda,
desdenha o sinal,
Goteira no assoalho
Pó,
limpeza da mesa
Prantos-de-prato-plástico
com-licença-garfo
balde de chuva gasto
a goteira que acabou.
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