Um milhão
de palpebras
negras
na mariposa
de olhos obnubilados.
Confusa,
ela voa
sobre
lares
alheios.
Casas
ensolaradas
de abelhas
quentes
e ferrões.
A mariposa
de pupilas densas
abraça
paredes
quentes
de tijolos,
Um semi-concreto lembra
a lonjura
profunda
de seu habitat.
O escuro
intenso
ofuscante
sem zumbido
em palpebras azuis.
O pobre inseto voa sobre o mar dos peixes,
a procura de luz.
Sem descobrir
que é de falta
de sal
e pedra
onde
deve
ficar.
A brisa
afasta
a mariposa
que longe
da lua,
protagonisa
um pesar.
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