De costas
para
o céu,
a lua
refletia
segredos
sem
palavras
de luz.
Sombras
nas antigas
calçadas
de pedra
diziam
de
uma
traição
imperecível.
Deglutido
o presente,
as superficies
deixavam-se
marcadas
de intervozes.
Um perfil,
sorrisos
transeuntes
obscurecidos.
A luz natural
fora
apagada.
Retirando-se
os
passos
da rua.
Toda noite,
para a lua.
A água
prateada
do rio
tomava
do dia
roupas
pardas
sujas
de ilusão
e cobardia.
(- Os que
suportam
o lúgubre
olhar
da
escuridão
infinita.)
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