domingo, 23 de outubro de 2016

Blasfemante

De costas
para
o céu,
a lua
refletia
segredos
sem 
palavras
de luz. 

Sombras
nas antigas
calçadas
de pedra
diziam
de 
uma 
traição
imperecível. 

Deglutido 
o presente,
as superficies
deixavam-se
marcadas
de intervozes.

Um perfil,
        sorrisos
         transeuntes
           obscurecidos.

A luz natural
fora
apagada.

Retirando-se
os
passos
da rua. 

Toda noite,
para a lua. 

A água 
prateada
do rio
tomava 
do dia 
roupas
pardas
sujas
de ilusão
e cobardia.


(- Os que
suportam
o lúgubre
olhar
da
escuridão 
infinita.) 



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