A exatidão
da tortura
muda
numa
rua
escura
rouba
os olhos
de quem vê.
Expõe
o desgosto,
num
indizível
monstro
impossível
de
conter.
O sôfrego
embalsamado
teve
o coração
cortado
até
não mais
poder.
Vômitos
de cinza
apanhados
de flores
desiguais,
aleatórias.
O desamparo
sensível
tomado
a espera
ao amor
render.
Pupilas
fantasmáticas
prenhas
de dor
acinzentadas.
A irmã
de todos
os homens
põe
o rosto ao
contrário
sangra
pólvoras
de dor.
É a sina
do que se
repete
e não
amanhece.
De um céu
que julga
e
resplandece.
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