Uma casca que
abre
imagem refletiva
de si mesma
Oh, o que demonstra-me
espelho côncavo
Além de tanta
Dor?
Um grunhido
Um tremer
de mãos
Uma fragilidade viscerada
Um cantar que não
Tem sons
Percebo a estrutura
a carcaça da época
retorno ao queimar
das faces
Aos significados que
caíram como
pedras
tombados do ar em
meu rosto, meu
corpo
tão do outro que
não era meu
Era um vazo ao
redor do nada
entalado de flores
perfumadas
de colônias francesas
Eu incolor
na vergonha de
teus atos
exposta em
paupérrima
queria deslocar
aqueles pés trêmulos
apoiados nas
paredes
frente ás suas representações
fantásticas
fanáticas
destroçadas de mim
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