quarta-feira, 24 de abril de 2013

Fragilidade viscerada

Uma casca que
abre
imagem refletiva
de si mesma
Oh, o que demonstra-me
espelho côncavo
Além de tanta
Dor?
Um grunhido
          Um tremer de mãos
Uma fragilidade viscerada
Um cantar que não
Tem sons

Percebo a estrutura
a carcaça da época
retorno ao queimar
das faces
Aos significados que
     caíram como pedras
tombados do ar em
meu rosto, meu
corpo
tão do outro que
não era meu

Era um vazo ao
redor do nada
entalado de flores
       perfumadas
de colônias francesas

Eu incolor
na vergonha de
teus atos
exposta em
 tua chama
    paupérrima
    queria deslocar
  aqueles pés trêmulos
   apoiados nas paredes
frente ás suas representações
fantásticas
fanáticas
destroçadas de mim 

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