O que são esses sapatos
esses pés
do tudo demarcado
corpos
esquematizados
presos em seus pontos no lápis
pontos no caderno
o tédio do não
sair da repetição
da voz da máquina
humanos
fazem a engrenagem
e não deixam de prendê-la
tua engrenagem tem dentes e devora
devora sem comer
e cospe
Devora sem comer
E cospe
O que são essas ressoações enjauladas
Crá, crá, crá
Ela fala
De sua própria prisão
a pender
nos pendendo
Cúmplice da dor
Que ela envenena
Ao colocar-nos
Todos em feitiço
Rituais
De alforrias
Ilusórias.
Conclusão mais sóbria
Como tantas de
Ébrias ilusões
os pulsos sangram
dentro dos dedos
que a moça engole
figuras mal condensadas
de um sonho
levam-nos em suas
fantasias normativas
do comum
que se negocia
com a beleza dos contratos
presos no romance
familiar
oh! Corpos todos misturados
a lei precisa de suas exporias
declamações
exprimir os limões da alma
em suas literaturas compulsórias
unhas a riscar rostos humanos
pois o epilogo acaba ai
em ti
meu caro
protagonista do Outro
no entorno onde eles definem
tua face
em um enlace imperceptível
do não ver
a perversão
desta velha peça
com posição
que em ti prega
nostalgias
daquela sua velha
A avó!
Drinks e vodca
na estante inquebrantável
sim, são os morosos movimentos
quebram-se os dedos
mensuras em você
de você
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