domingo, 4 de agosto de 2013

...

O escuro que contorna
O que espanta
Há um tom tão lúgubre
Ao derramar-se sobre o preenchimento da sala
Translúcido
Oprimindo evasões
Reflexos de claridades escusas
Em sua materialização vespertina
Longe de mim
Fazem serviço de se esquecer ao calor da tarde
Forçando o inebriante ao entrar 

No pátio fonéticas doces
Lembrar-se?
Daqueles gemidos que se fazem ouvir
Quando o sol atrás dos prédios pede um clamor
e para.

Apelos?
Sim, a adornar os espalhafatosos
Conhecidos do cotidiano
Brincos e anéis
Plumas e confetes empoeirados pela poluição
Todos eles
Singelos e
Cindidos
Todos eles saem

É quente e claro, mas não se vê
Confusões de almas transviadas
Tão poucos dadas a contar
O que não
pode ser
E parece ser
no não ser
Dar e levar e some
Sem cobrar o viver das cores
Flores mudas de amanhã
Entre garoas sentidas como granizo a tarde
Se esgueirando de fazer passado presente futuro
E são as imagens que rebentam no chão
São chuvas de águas de pedra

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